sábado, 20 de março de 2010

O que realmente importa?

Sabe, eu acabei de assistir Marley e Eu. É aquele tipo de filme temperado com cenas engraçadas. Um filme meigo, é o que eu quero dizer. Porém, assim como no livro, ele deixou-me... Pensativo. Um cão que não fala e só faz latir e, segundo o filme, é um demônio com pêlos... Me fez pensar sobre a vida.

A vida. Como ela é breve. O filme, assim como o livro, aborda, ao meu ver, um ponto interessante: viver. No mais simples significado. Nascer, crescer, estudar, aprender, sair do colégio, de casa, conhecer alguém, casar, ter filhos... E como tudo isso passa rápido! Quando vemos, estamos com uma idade e em tal situação que a três anos atrás nem imaginávamos. As pessoas hojem vão a festas, bebem, estudam, vão ao cinema, vivem, enfim. Vivem sem conhecer a imprevisibilidade da vida, e quando a conhecem, vivem sem aceitá-la.

Como é breve, a vida. O que realmente importa nela? Assim, do que, realmente, a gente vai sentir falta quando estiver mais velho, quando o tempo tiver passado? Creio que não se possa ditar uma coisa só. São várias. Como pegar várias frutas, as mais variadas, colocar num liquidificador com um líquido qualquer, e fazer tudo se misturar. Bons momentos, maus momentos, tudo que nos fez aprender a viver, a continuar vivendo, e tudo que nos fez (ou fará) entender como ela, a vida, passa rápido. Como as coisas das quais sentimos faltas são... Monótomonas. Como são simples, agora, vendo daqui do futuro. Como devem ser esquecidas, ou deixadas para trás e lembradas apenas quando estivermos... Tristes, ou cansados da rotina diária, a qual daqui a uns anos iremos nos lembrar e pensar: 'Poxa, como mudou de lá pra cá'. Como há fatos extraordinários qua acontecem que desejamos eternizar. Mas, como tudo na vida, aquilo passa. E então saímos vivendo, atrás de outros fatos que queiramos eternizar.

Outros fatos que queiramos eternizar.

São várias opções, várias estradas, várias experiências que podemos escolher. Muitas, milhares, mas podemos escolher só uma. Depois não tem volta. É escolher, arcar com as conseqüencias daquilo e olhar para frente, sempre para frente, sempre em busta de novas opções, novos caminhos. O que realmente importa, me pergunto?

Amar? Cantar? Sonhar? Daqui a cinqüenta anos iremos olhar para trás, e apenas pensar. Ficar lembrando dos amores inacabados, os quais ainda nos deixam com aquela maldita puga atrás da orelha, de como se ainda estivéssemos com algo para fazer. Algo que não foi terminado. Olharemos para as festas, para os amigos que se foram (tanto para algo melhor quanto para outras cidades), veremos nossas escolhas, as escolhas que nos levaram até aquele ponto, aquele exato ponto, bem ali, no nosso destino altamente mutável. Entre milhares de pontos em algum lugar em alguma dimensão, escolhemos, gradativamente, aquele. Iremos pensar nas sensações que nos levaram ali, e, creio eu, finalmente pensaremos se tudo que sentimos durante nossa vida valeu a pena para estarmos sentido aquela sensação de lembrar, e de sabermos que dali a alguns minutos ou horas teremos que olhar de novo para frente, e continuar vivendo.

O que importa realmente na vida?

O final do filme realmente me deixou... Um pouco emocionado, eu poderia dizer. O fato de eu adorar cachorros mesclado com uma das coisas que mais me fazem pensar, a vida, me deixou... Pensativo. Me mostrou que as pessoas amam, sentem o sentimento dito mais poderoso do universo (ou um dos), se entristecem, vivem breves momentos, e de que sempre estaremos encaminhando para um final, sem volta. Então, eu me pergunto...

O que realmente importa, na vida?

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